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Gamificação na educação: como funciona e porque é tão eficiente

Entenda como as empresas estão aumentando o engajamento dos colaboradores e metrificando resultados ao aplicar conceitos e dinâmicas de jogos lúdicos em treinamentos educacionais

Durante muito tempo, os jogos — e aqui estamos citando todo e qualquer tipo de jogo, não apenas os eletrônicos — tiveram sua capacidade lúdica menosprezada por profissionais e estudiosos da pedagogia. Eles eram encarados como um simples passatempo. Nas últimas décadas, porém, os especialistas começaram a perceber como os games possuem características que podem ser aproveitadas no processo de aprendizagem.

Foi daí que, de pouco em pouco, surgiu o conceito de gamificação — a aplicação de lógicas, conceitos e dinâmicas de jogos para tornar o ensino mais divertido, interativo e motivador. Afinal, venhamos e convenhamos, os métodos clássicos de estudo (ler apostilas, ouvir monólogos de um docente, memorizar conteúdos e fazer provas) já não são mais condizentes com a realidade das novas gerações. É preciso evoluir.

A gamificação (do inglês gamification) vem justamente para tornar todo esse processo mais divertido, aumentando o engajamento e a retenção. Em um livro bastante respeitado a respeito do tema, “Gamification for the Clueless”, o autor Josh Halliwell explica e dá alguns exemplos de elementos comumente empregados em jogos que podem ser reaproveitados para tornar um processo de aprendizagem gamificado.



“Eles podem ser simples como pontos de experiência, moedas de jogo (ex: moedas de ouro) e badges (medalhas), ou complicadas como adicionar restrições (ou regras ao jogo), uma storyline (enredo) e definir como o jogador pode ganhar, perder ou empatar o jogo.
Técnicas de design de jogo remetem a como fazer o jogo emocionante e viciante para que o jogador queira se motivar a jogá-lo”,
Josh, autor do Gamification for the Clueless”

 

Estímulos inconscientes

 

Os elementos da gamificação possuem uma série de gatilhos mentais que auxiliam o aluno a prosseguir em sua jornada de aprendizagem, mesmo que ele o faça de forma inconsciente. Podemos citar alguns exemplos:

Noção de progressão

Tal como em um jogo, um processo de aprendizagem gamificado oferece uma sensação de sucesso sendo alcançada gradativamente, com recompensas cada vez mais interessantes e o desbloqueio de novas informações de maneira comedida, muitas vezes aproveitando conhecimentos recentemente aprendidos para novos desafios. Lembra da sensação de derrotar aquele chefão para conseguir um power-up e entrar naquela nova área do mapa? Pois bem!

Senso de competitividade

O ser humano é, por natureza, um ser competitivo. A popularidade dos games multiplayer só ressalta essa característica. Esse ímpeto pode ser negativo às vezes, mas também podemos trabalhá-lo de forma positiva, utilizando-o para incentivar o indivíduo a sempre querer aprender e progredir mais, seja no intuito de exibir mais medalhas ou ficar no topo em um ranking global.

Senso de colaboração

Da mesma forma que somos seres competitivos, também somos seres sociais e gostamos de interações. A sensação de se juntar com seus amigos para resolver um problema em comum é um ótimo estímulo — vide os escape rooms, salas de entretenimento nas quais um grupo de jogadores precisa colaborar para resolver puzzles antes do tempo acabar. Com a gamificação, é a mesma coisa, e ainda temos a vantagem de usufruirmos de um compartilhamento natural de conhecimento no processo!

É importante afastar a ideia, erroneamente difundida em alguns meios, de que a gamificação é apenas “uma brincadeira no escritório” e que “para gamificar basta criar um placar de pontos”. Trata-se de um conceito muito mais avançado e complexo, mas que, se aplicado corretamente, pode facilitar demais a absorção de qualquer tipo de conhecimento.

 

Aplicando à segurança

 

O Hacker Rangers é uma ótima alternativa para quem quiser aplicar gamificação em seu programa de conscientização para segurança da informação. O jogo tem como principal vantagem colocar o funcionário como o protagonista para a criação da cultura da segurança corporativa. De forma dinâmica e didática, os jogadores aprendem quais são as estratégias usadas pelos bandidos cibernéticos, as armas que eles têm para roubar ou vazar dados, e também quais as melhores práticas para combater os cibercrimes.

Por meio do Hacker Rangers, os funcionários aprendem, por exemplo, o risco de abrir aquele e-mail com remetente desconhecido que pode ser uma armadilha para instalar um vírus ou roubar dados. O game tem etapas que dão pontos aos jogadores conforme o cumprimento das tarefas e o desempenho ao longo das semanas. O Hacker Rangers utiliza sistemas de patentes, medalhas, desafios, simulação de ataques de engenharia social, ciberatitudes, quizzes, além de ranking semanal, mensal e geral, para estimular e avaliar os jogadores.

Em suma, a gamificação é uma excelente forma de aumentar a motivação, melhorar o engajamento e fixar conhecimentos na cabeça de seus colaboradores. Trata-se de uma técnica valiosa, sobretudo, na área de conscientização em segurança da informação, que carece de bons métodos pedagógicos para transmitir hábitos de comportamento seguro.

Produção: Equipe de Conteúdo Perallis Security