ClearSale: combatendo o crime digital com gamificação
A ClearSale nasceu com uma missão clara e ambiciosa: proteger o e-commerce brasileiro contra fraudes digitais. Com mais de duas décadas de atuação, a empresa se consolidou como referência no mercado de soluções antifraude, expandindo seu impacto para diversos setores, inclusive o financeiro, sempre com foco total no cliente e na sua proteção.
À medida que os golpes digitais evoluíam, a ClearSale também se reinventava. Apostando em inovação e tecnologia, a empresa passou a utilizar inteligência artificial de forma estratégica, unindo análise de dados à capacidade de antecipar riscos. Mas, para enfrentar o cibercrime de forma realmente robusta, era preciso ir além da tecnologia. Era preciso envolver as pessoas.
A BUSCA DA SOLUÇÃO PERFEITA
A ClearSale sempre soube que os colaboradores são um fator crucial na resiliência cibernética. Contudo, como ainda acontece em muitas empresas de tecnologia, nem todos os colaboradores tinham uma percepção concreta sobre os riscos digitais.
Foi então que, em 2019, a área de InfoSec, liderada por Luiz Karl, decidiu dar um passo estratégico: implementar um programa gamificado de educação em segurança digital em toda a estrutura interna, abrangendo as camadas defensiva, ofensiva e de compliance.
E, mais do que uma decisão baseada em tecnologia, o que realmente sustentou essa escolha foi o alinhamento de valores. A Clearsale e a Hacker Rangers compartilham uma mesma visão: foco nas pessoas, comunicação acessível e uma abordagem mais humana para o aprendizado.
O CENÁRIO INICIAL DA CONSCIENTIZAÇÃO
Apesar do crescente investimento em cibersegurança, a conscientização ainda era tratada de forma pontual dentro da Clearsale. As iniciativas existiam, mas se limitavam a treinamentos presenciais ministrados pelo time de Segurança da Informação (InfoSec) com público limitado, muitas vezes disputando espaço com ações de outras áreas. Como a participação não era obrigatória para o tema, era comum que parte dos colaboradores colocassem a conscientização como “algo voltado para o pessoal de TI”.
Faltava escala, engajamento e uma maneira de tornar o tema parte do dia a dia. Foi então que a ClearSale encontrou uma nova abordagem para transformar esse cenário.
Com a chegada da Hacker Rangers, a empresa passou a contar com uma plataforma gamificada, com linguagem acessível e conteúdos totalmente conectados à realidade brasileira.
A nova forma de apresentar a importância da cibersegurança ajudou a tornar mais acessível
um tema técnico e, muitas vezes, percebido como distante. Ao traduzir conceitos complexos em experiências interativas e envolventes, o time de InfoSec começou a despertar o interesse dos colaboradores e transformar o aprendizado em algo mais leve, relevante e aplicável à rotina de todos.
Marcelo, hoje gestor do Hacker Rangers na ClearSale, relembra como foi sua experiência com a plataforma quando ainda era apenas um usuário:
“Minha primeira experiência com a metodologia foi como usuário, e não como gestor. E foi muito legal. Os conteúdos eram, e ainda são, curtos e bem diretos. É possível terminar em menos de 15 minutos, então podemos concluir quando sobra um tempo no trabalho. Além disso, os temas te instigam e te dão aquele start pra você buscar mais material para poder se aprofundar, porque são muito interessantes.”
ALÉM DA PLATAFORMA: A IMPORTÂNCIA DE ALIAR O TIME DE COMUNICAÇÃO
Mas a grande virada não veio apenas com a nova abordagem usada pelo InfoSec. Ela ganhou força de verdade quando diferentes áreas passaram a se conectar em torno do mesmo objetivo.
Gabriel Ramos, que hoje atua na gestão ao lado de Marcelo, também teve seu primeiro contato com o Hacker Rangers como usuário. Os dois sempre souberam que a chave para o sucesso estava em uma comunicação clara, próxima e bem alinhada com a cultura da empresa. Por isso, fizeram questão de conquistar o apoio do time de Comunicação desde o início.
Quando o time de Comunicação entrou em cena, transformou completamente a forma de dialogar com os colaboradores. As mensagens se tornaram mais humanas, diretas e próximas — e a segurança da informação passou a ganhar cada vez mais visibilidade e protagonismo dentro da empresa.
Hoje, a jornada do colaborador já começa com a cibersegurança. Desde o onboarding, quem chega na ClearSale é apresentado à plataforma Hacker Rangers e recebe estímulos contínuos para seguir aprendendo ao longo do tempo.
Muito além da plataforma gamificada, o tema também ganhou espaço dentro do “Minha T!”, um programa da ClearSale integrado aos times de Cultura e People, onde são compartilhados diversos conteúdos com os colaboradores. Com isso, o colaborador que consegue alcançar objetivos dentro do Hacker Rangers, conquista “pontos de T!”. É mais um canal inteligente que reforça a cultura de segurança da informação de forma leve e engajadora.
Inúmeras automações também foram integradas à rotina e se tornaram grandes aliadas. Lembretes como “Você já acessou o Hacker Rangers hoje?” circulam pelos canais internos, ajudando a manter a conscientização ativa no dia a dia.
A estratégia de comunicação da ClearSale se tornou um pilar essencial na construção de uma cultura de segurança. E tudo começou quando o colaborador passou a estar, de fato, no centro da conversa.
Por já terem vivido a experiência da plataforma antes de se tornarem administradores, Marcelo e Gabriel compreendem, na prática, como os colaboradores pensam e reagem ao tema. Essa vivência permitiu que construíssem uma conexão mais leve, empática e alinhada ao cotidiano das pessoas — sem abrir mão da seriedade e da responsabilidade que a cibersegurança exige.
“A gente acaba tendo uma visão dos dois lados. Quando vejo uma ciberatitude ou uma dúvida, consigo entender o porquê daquilo. É bem possível que eu mesmo já tenha tido o mesmo questionamento. Então o que tentamos fazer aqui é nos colocar no lugar do colaborador, chamar para conversar diretamente e entender com mais profundidade.” — diz Marcelo.
Em um contexto onde muitos colaboradores ainda sentem receio de procurar a equipe de TI por medo de represálias, essa abordagem mostra o excelente trabalho dos gestores na criação de um ambiente mais acessível, humano e engajador.
RECONHECIMENTO QUE ENGAJA DE VERDADE
Com o crescimento do engajamento, os modelos de reconhecimento também evoluíram.
O programa foi ganhando destaque dentro da empresa e, hoje, os três melhores colocados de cada temporada recebem prêmios como notebooks, Echo Dots e vouchers generosos. Ao final de cada ciclo, além da premiação dos três primeiros, todos os colaboradores que alcançam a patente Hacker Ranger participam de sorteios especiais.
O mais interessante? Muitos colaboradores participam não unicamente pelos prêmios, mas porque realmente se envolvem com o conteúdo. Os gestores relatam casos em que os próprios colaboradores iniciam debates sobre ciberatitudes não aprovadas ou questionam detalhes dos conteúdos. Isso mostra que o aprendizado deixou de ser apenas institucional — tornou-se algo pessoal e significativo.
Por fim, a cereja do bolo na estratégia de reconhecimento é a criação do quadro “Melhores do Mês”, com direito a foto em destaque e divulgação na intranet da empresa. E, claro, todos esses nomes passam a fazer parte do “mural da fama” da ClearSale.
RESULTADOS
Os resultados da ClearSale não demoraram a aparecer. Hoje, ao final de sua décima temporada, Marcelo e Gabriel ostentam números impressionantes: 98% dos colaboradores acessaram o treinamento e mais de 19 mil ciberatitudes já foram submetidas. Isso mostra não apenas o alcance do programa, mas a verdadeira transformação de comportamento em escala.
Mas a maior transformação da ClearSale vai além dos números. O verdadeiro resultado está na mudança de mentalidade, perceptível em pequenas atitudes do dia a dia. Quando um e-mail suspeito chega, o colaborador já se pergunta: “Isso pode ser phishing?”. Mesmo que seja apenas uma newsletter de marketing, o olhar atento está lá, e isso faz toda a diferença.
“Os colaboradores reportam ativamente qualquer atividade diferente do habitual, tanto por ciberatitudes quanto por chamados. Recentemente encerramos uma campanha de phishing em que menos de 0,5% dos colaboradores clicaram. E recebemos uma enxurrada de ciberatitudes relatando esse mesmo phishing pra gente. Foi sensacional.” – Cita Gabriel Ramos.
E o impacto no comportamento foi evidente. Antigos hábitos, como trocar a proteção de tela ou a senha de colegas que deixavam o computador destravado — antes vistos como simples brincadeiras — deram lugar a uma consciência mais madura.
O InfoSec compreendeu que essas atitudes podiam representar riscos reais: alguém mal intencionado poderia acessar informações sensíveis ou até mesmo enviar um e-mail em nome da empresa, inclusive para o presidente. E o que antes era motivo de riso passou a ser reconhecido como um comportamento que precisava ser corrigido.
A pauta da cibersegurança virou assunto de corredor. Segundo Marcelo, quando alguém identifica um possível risco de segurança, em vez de ignorar — como ainda é comum em muitas empresas —, compartilha com os colegas para que todos fiquem atentos, formando uma rede de colaboração.
A responsabilidade deixou de ser apenas técnica e passou a ser coletiva. E a segurança digital deixou de ser apenas mais uma tarefa no dia a dia para se tornar um verdadeiro hábito.
PARA ALÉM DA CLEARSALE
Marcelo e Gabriel deixam claro: o objetivo dos treinamentos disponibilizados pelo InfoSec através do Hacker Rangers não é apenas proteger a empresa, mas garantir que cada pessoa tenha uma vida digital mais segura dentro e fora do ambiente de trabalho.
“Não tem como separar as coisas dizendo: agora são 8 horas da manhã e sou um profissional. A vida pessoal inevitavelmente impacta no trabalho.”
E esse objetivo não demorou a se concretizar. Relatos de ciberatitudes que iam além da empresa começaram a chegar: colaboradores ajudando familiares a se protegerem online, criando senhas mais seguras, evitando golpes em aplicativos de mensagens, cuidando melhor de seus próprios dados. A transformação atravessou o crachá. Porque quem a gente é no trabalho também é quem a gente é em casa.
PLANOS FUTUROS
Hoje, a segurança está tão enraizada na cultura organizacional da ClearSale que muitas ideias e projetos só saem do papel após uma conversa com o time de segurança. A cibersegurança deixou de ser uma etapa final para se tornar um componente essencial desde o início.
Depois de mais de 10 temporadas jogando com a gente, a ClearSale decidiu dar um novo passo: transformar dados em estratégia para as próximas temporadas! Com orgulho de exibir o selo Black Certified, o time de InfoSec mostra que está pronto para encarar o próximo nível
Produção: Equipe de Conteúdo da Perallis Security