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Pirataria online: cuidado para não acabar infectado!

Infelizmente, é comum ver profissionais baixando filmes, jogos, aplicativos e softwares de fontes não oficiais, acreditando estarem no lucro ao não pagar pela licença de tais conteúdos; porém, podem acabar se dando mal caso sejam infectados por um malware

A forma como a Internet foi estruturada ao longo dos anos impulsionou um mercado que, desde os seus primórdios, causa polêmicas e discussões sem fim: o da pirataria. Os mais velhos certamente se lembrarão dos tempos do eMule, do Napster, do LimeWire e de outras plataformas similares que facilitavam o compartilhamento de arquivos através do protocolo peer-to-peer (também conhecido como ponto-a-ponto ou P2P).

Essa arquitetura descentralizada fez surgir a defesa pelo conhecimento livre e o repúdio às legislações globais de direitos autorais, criando uma cultura digital que sempre incentivou (ou até mesmo facilitou) a distribuição de cópias pirateadas de músicas, filmes e softwares. O argumento era de que o acesso a tais conteúdos era caro demais, e a internet seria então a “salvadora” que tornaria programas e itens de entretenimento acessíveis para todos.

Mas tenha calma: não estamos aqui para defender ou criticar tal aspecto da pirataria, já que essa é uma discussão bastante complexa e que dialoga com setores jurídicos, políticos e filosóficos. Estamos aqui para abordar o tema sob a perspectiva da segurança da informação, e, enxergando a pirataria exclusivamente através dessa ótica,. Assim, podemos dizer que ela pode sim ser considerada uma prática altamente perigosa e explicaremos o porquê.

Os riscos envolvidos

Podemos dividir a pirataria digital em dois tipos: aquela que você baixa e aquela que você acessa. Na primeira categoria, constam aplicativos que você geralmente teria que comprar sendo distribuídos gratuitamente, tal como os famosos “cracks”, que são pedaços de softwares que prometem acabar com a necessidade de adquirir uma licença para um programa de desktop. Muito comum, por exemplo, para quem usa a suíte Office.

Na segunda categoria, temos aqueles sites através dos quais você consegue assistir a filmes e séries sem pagar nada por isso. É o refúgio de quem não deseja pagar um único centavo para assinar plataformas de streaming — na teoria, basta entrar na página pirata, encontrar a produção cinematográfica que você deseja e aproveitar à vontade. Essas categorias representam riscos diferentes, por isso, é importante a sua diferenciação.

Na pirataria que você faz download, o perigo é acabar adquirindo um malware junto com o software desejado. É muito comum que criminosos cibernéticos corrompam tais programas para distribuir códigos maliciosos embutidos, seja para infectar seu computador com um ransomware (por exemplo) ou para lhe espionar através de um script silencioso que ficará de olho em tudo o que acontece na máquina. O mesmo pode ocorrer em apps para celular.

Já os sites dedicados a hospedar conteúdo multimídia pirateado, costumam ser monetizados com uma grande quantia de anúncios publicitários abusivos. Alguns deles usam pop-ups fraudulentos para que você instale, mesmo sem perceber, plugins de adwares em seu navegador ou se cadastrar para receber notificações de spam. Também não podemos deixar de citar as páginas que exigem cadastro para uso — é impossível saber como e para quê suas informações serão utilizadas.

É crime, sim!

Acima de tudo, é importante lembrar que, ao consumir um conteúdo pirateado, você está automaticamente colaborando para um ato criminoso. O que chamamos coloquialmente de “pirataria” nada mais é do que a prática de violação de direitos autorais, que, no Brasil, está prevista no artigo 184 do Código Penal. A penalidade para quem comete tal delito é detenção de três meses a um ano, ou multa.

Nos Estados Unidos, existe ainda a Digital Millennium Copyright Act (DMCA), que criminaliza não apenas a reprodução e distribuição de conteúdos protegidos sob direitos autorais, mas também as plataformas e ferramentas que facilitem isso. É através de requisições DMCA que empresas, artistas, gravadoras e estúdios, por exemplo, podem solicitar a remoção de materiais pirateados de servidores.

Em suma, por mais que a pirataria possa parecer sedutora, ela está envolvida em uma série de riscos de segurança e privacidade. Uma boa higiene de proteção digital inclui evitar esse tipo de conteúdo, especialmente em tempos em que estamos usando nossos computadores pessoais para trabalhar remotamente e acessar sistemas corporativos.


Produção: Equipe de Conteúdo Perallis Security