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Brasil: destaque mundial em cibercrimes

Praias, carnaval e crimes cibernéticos: uma visão por dentro do submundo do Brasil.
Brasil: destaque mundial em cibercrimes

Brasil, o país do crime cibernético

A Kasperskylab realizou uma pesquisa para entender as razões pelas quais o Brasil está se tornando um dos países mais famosos por crimes cibernéticos.

Matéria completa em:  Beaches, carnivals and cybercrime: a look inside the Brazilian underground


Brasil já é comparado com a Rússia e a China pelo número de ataques cibernéticos.

 

Países mais afetados por trojans bancários em 2014

Países mais atacados por Phishing em 2014.


Trojan

Países mais afetados por trojans bancários em 2014.

 

Fator número 1: Impunidade

No Brasil, não há uma lei específica para o crime cibernético, e mesmo quando as pessoas são presas, elas são libertadas em pouco tempo.

Em 2012, o Brasil perdeu mais de 1,4 bilhão de reais em fraudes bancárias, segundo a Febraban. Os meios de ataque mais comuns são internet banking, clonagem de cartão de crédito e telefone.

Recentemente, a polícia federal prendeu um homem de 38 anos suspeito de comprar uma casa no valor de 3 milhões de reais com os recursos de fraude de boleto bancário.

No Brasil, o crime cibernético paga bem e oferece pouco riscos.

 

Fator número 2: Colaboração entre criminosos

No Brasil, é comum a venda de programas para roubos de informações, ampliando o número de crimes virtuais devido a facilidade de como são disponibilizadas estas ferramentas maliciosas. 

O meio mais utilizado por cibercriminosos para divulgarem seus serviços é via IRC (Internet Relay Chat). Em alguns outros casos, também é possível encontrarmos grupos de cibercriminosos no Facebook e no Twitter.

Veja alguns exemplos da divulgação dos programas destes cibercriminosos:  

 RoubodeDados1

 

RoubodeDados2

 

Fator número 3: Ausência da lei de proteção de dados pessoais

No Brasil, não há uma lei para que se regulamente a proteção de dados pessoais por parte das empresas. Desta forma, elas também não precisam divulgar vazamentos de dados pessoais. 

A consequência disso é que os cibercriminosos vendem os dados pessoais dos brasileiros à vontade, já que com esses dados é possível fazer diversos tipos de fraude, como compras em nomes de outras pessoas.

dados roubado

 

Fator número 4: Ausência de monitoramento de usuários privilegiados 

É comum encontrar, no Brasil, vendas de usuários e senhas válidas para acessos a banco de dados confidenciais, como os bancos de dados de consulta à reputação do consumidor, além de venda de bancos de dados inteiros, como o do própria Receita Federal e Detran-BR.


Conclusão Perallis

Cada vez mais, o Brasil digitaliza seus dados e informatiza seus sistemas... portanto, estamos ficando mais ágeis e inteligentes? O fato é que o mundo não pode ficar mais inteligente se antes não estiver seguro.

Um dos casos mais famosos é do Infoseg, sistema criado para a Integração das Informações de Segurança Pública, Justiça e Fiscalização, que reúne informações de sistemas referentes a veículos, condutores e armas.

Entretanto, como mostra a reportagem do SBT Brasil, qualquer um pode comprar um usuário e uma senha para ter acesso ao sistema, ou seja, não temos segurança nenhuma em relação à confidencialidade de nossos dados pessoais e estamos vulneráveis a qualquer tipo de fraude.

Este sistema é apenas um exemplo de muitos no Brasil, como cartoriovirtual.org, dados da receita federal, Detran e entre outros. 

Desta forma, tanto as empresas quanto o governo precisam entender que, para poder armazenar dados pessoais, eles deveriam: 

  • Possuir mecanismos e processos de segurança para proteção de dados e sistemas.
  • Garantir que as pessoas que têm acessos aos nossos dados estão utilizando-os de forma responsável (Auditoria e Proteção de Banco de Dados).
  • Divulgar vazamentos de dados, quando eles ocorrerem.